quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dicas da semana.

Eu sou uma apaixonada por cinema e por música e estava pensando em algo em que eu pudesse envolver os dois no meu blog. A música, eu já inclui, eu posto alguns clipes que eu vejo um aspecto geográfico muito grande, ai eu estava numa luta constante com minha mente sobre o que fazer com filmes? Então decide criar as dicas da semana.
Na dica da semana, eu posso colocar um filme, um livro, uma música e diversas coisas mas a prioridade é do cinema.
Enfim, vamos as primeiras dicas. 

Tropa de Elite 2 – O inimigo agora é outro 

Sim, sou uma apaixonada por cinema nacional!
Acho que esse filme, sem dúvidas, é um dos melhores filmes brasileiros lançados nos últimos anos! 
O filme é uma continuação do Tropa De Elite e se passa dez anos depois. 
O que eu gostei nesse filme é que ele é MUITO realista, mostra exatamente como é realidade numa favela e dentro dos plenários. 
Esse filme é tão critico quanto a situação politica do Brasil que não pode ser lançado antes do primeiro turno da eleição.
Agora vamos pensar, no filme, eles mostram as verdadeiras ações de certos deputados e eles 'censuram' o lançamento do filme antes das eleições dos mesmos.
Enfim, o filme é muito bom mesmo, esse filme merece 5 estrelinhas, vale a pena assistir e prestigiar o nosso cinema brasileiro.

A Última Hora

O documentário, produzido e narrado por Leonardo Dicaprio, mostra como o planeta está chegando na sua última hora.
Esse filme é MUITO interessante pois Mais de 50 personalidades entre cientistas, pensadores e líderes políticos, como o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev e o cientista Stephen Hawking, explicam como chegamos a um ponto crítico de destruição do meio ambiente. Mas, em tom de esperança, o ator e seus entrevistados fazem recomendações que podem ajudar o planeta a se recuperar, como o uso de fontes renováveis e a diminuição do consumo.
Vale MUITO a pena assistir, é bom ver quantas opções temos pra ajudar o planeta a se recuperar.

Adeus Lênin

Pouco antes da queda do Muro de Berlin, em 1989, a comunista devota, Christine Keller, entra em coma. Ela desperta meses depois, em meados de 1990, quando o país já vive a realidade do capitalismo. Preocupado que o estado de saúde de sua mãe piore, ao descobrir a nova situação política da Alemanha, Alexander elabora um plano para que a mulher acredite que tudo continua como antes. O filme mostra as mudanças que o país enfrentou com o fim do regime comunista da Alemanha Oriental e a reunificação da Alemanha.

Pra quem ama geopolítica e essa questão da guerra fria, assistir esse filme é uma coisa maravilhosa!

Bom, essas foram minhas dicas dessa semana.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

2010 - O Ano Internacional da Biodiversidade. Parte II

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. No atual contexto, em que um número crescente de espécies estão ameaçadas de extinção pela perda de habitat, pela caça e pelas mudanças climáticas, os esforços de conservação são cada vez mais urgentes e necessários. E o Brasil é o primeiro país em biodiversidade do mundo.
O tema da biodiversidade ganha destaque no cenário internacional devido à décima Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10/CDB), marcada para acontecer em Nagoya, Japão, em outubro deste ano.
As expectativas em torno da décima edição da COP estão altas, porque durante a conferência será avaliada a execução do plano estratégico da CDB – ou seja, será discutido se o mundo conseguiu cumprir a meta de reduzir a perda de biodiversidade.
Também será avaliada a parte relacionada a unidades de conservação (UCs) terrestres do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas da CDB, o que depende da apresentação, por cada país signatário, de avaliações sobre seus sistemas de UCs.
Há muita expectativa também de que sejam tomadas decisões concretas sobre um tema até hoje pouco desenvolvido pelos países que integram a CDB: a repartição de benefícios provenientes da diversidade biológica.


Objetivos da CDB

A conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a distribuição equitativa e justa dos benefícios advindos da utilização dos recursos genéticos são as três metas estabelecidas pela CDB para os países signatários. No caso brasileiro, o cumprimento de tais metas está diretamente relacionado ao combate ao desmatamento.
Por essa razão, o WWF-Brasil propõe que sejam investidos esforços e recursos, governamentais e não-governamentais, para reduzir o desmatamento a zero em todo o Brasil até 2015.
“A conservação da diversidade biológica é um dos temas de maior destaque do ano, e os olhos do mundo certamente se voltarão para o Brasil. Temos a sorte de abrigar em nosso território uma imensa riqueza biológica, mas temos também a responsabilidade de cuidar de sua preservação e sobrevivência”, afirma Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil.
Conheça o que o WWF-Brasil faz para proteger a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal.
Espécies brasileiras ameaçadas

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, há cerca de 400 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Dessas, sete são consideradas já extintas, como é o caso da arara-azul-pequena, que era encontrada em toda a Região Sul e no Mato Grosso do Sul. A lista de espécies da flora ameaçadas de extinção é ainda maior.
A extinção de espécies é um fenômeno natural que, normalmente, leva milhares ou até milhões de anos para ocorrer. No entanto, a ação humana vem acelerando esse processo, o que coloca os humanos na posição de principal agente da extinção de espécies.
Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de ambientes naturais, causadas pela expansão urbana, agricultura, pecuária, poluição e incêndios. Esses fatores reduzem o habitat das espécies e provocam o isolamento de suas populações, com diminuição do fluxo gênico e aumento do risco de extinção.
Algumas das espécies-símbolo da riqueza biológica do Brasil estão sofrendo com nossas ações. A onça-pintada, a onça-parda, o gato-maracajá são exemplos de felinos que correm o risco de desaparecer de nosso território. Macaco-aranha, mico-leão-da-cara-preta, mico-leão-dourado e várias espécies de sagui também.
Nos ares, o risco de extinção recai sobre a arara-azul, a ararinha-azul, o gavião-cinza e algumas espécies papagaio, entre muitos outros. Há 55 espécies diferentes de borboletas na lista de ameaçadas. No cerrado, o lobo-guará é o símbolo das consequências da devastação. Nas águas, a baleia-franca, a baleia-jubarte e o peixe-boi são vítimas de caçadores.
Entre as plantas, estão desaparecendo algumas espécies de bromélias, o pau-rosa e o pinheiro-do-Paraná, também conhecido como araucária. Sucupira, aroeira, jequitibá, imbuia, angelim, mogno, cerejeira e outras árvores também já são difíceis de serem encontradas.
Veja a lista completa dos 
animais e das plantas ameaçados de extinção no Brasil.
Espécies ameaçadas no mundo

Todos os anos, o WWF-Estados Unidos divulga a lista dos 10 animais mais ameaçados do planeta. Este ano, a lista inclui cinco animais que estão sendo diretamente afetados pelo aquecimento global: o tigre, o urso polar, a morsa do Pacífico, o pinguim de Magellanic e a tartaruga-gigante.
Além dessas cinco espécies, também estão ameaçados o atum-bluefin, o gorila-das-montanhas, a borboleta-imperial, o panda e o rinoceronte-de-Java, cuja população está reduzida a apenas 60 indivíduos.
Chama a atenção o fato de que, entre os 10 animais mais ameaçados de extinção, encontram-se alguns dos mais belos e impressionantes do mundo. No Ano da Biodiversidade, o perigo de extinção dessas criaturas deve servir como apelo para que governos, ONGs e a sociedade em geral ampliem os esforços de conservação da diversidade biológica.



Fonte: http://www.wwf.org.br

2010 - O Ano Internacional da Biodiversidade. Parte I

Vamos entender porque a biodiversidade e qual é a grande importância dela na nossa vida para depois falarmos sobre o Ano Internacional da Biodiversidade.


O que é Biodiversidade? 
Quando falamos que queremos salvar o planeta, usamos a palavra "biodiversidade" para designar um conceito que, sem dúvida, é enorme. Biodiversidade: a vida, o mundo, a variação da vida no planeta inteiro
A biodiversidade existente na Terra hoje consiste em vários milhões de espécies biológicas distintas, o produto de quatro bilhões de anos de evolução.
Mas a própria palavra “biodiversidade” é, na verdade, bem nova.
A palavra "biodiversidade" foi cunhada como uma contração de "diversidade biológica" em 1985.
Bem bolado, né?
Um simpósio realizado em 1986 e o livro lançado em seguida, BioDiversity (Wilson 1986), editado pelo biólogo E. O. Wilson, pavimentaram o caminho para a popularização da palavra e do conceito.
E com o aumento do interesse de políticos, cientistas e conservacionistas pela situação do planeta e pela surpreendente complexidade da vida, desenvolvemos um grande apego por essa nova palavra.
E por que falamos tanto sobre a Biodiversidade?
Simples.
Em tempos relativamente recentes, o mundo começou a perder espécies e habitats a uma velocidade crescente e alarmante.
Por quê?
Por causa de
nós.

Quantas espécies estamos perdendo? 


Ah... essa é a pergunta de um milhão de dólares. Uma pergunta dificílima de responder.
Primeiro, não sabemos exatamente o que existe.
Como o mundo é grande e complexo, a ciência descobre novas espécies o tempo todo.
"Os cientistas ficaram espantados em 1980 com a descoberta de uma tremenda diversidade de insetos nas florestas tropicais. Em um estudo com apenas 19 árvores no Panamá, 80% das 1.200 espécies de besouros encontradas eram desconhecidas pela Ciência. É surpreendente que os cientistas tenham uma melhor compreensão da quantidade de estrelas existentes na galáxia do que da quantidade de espécies que existem na Terra". (World Resources Institute – WRI  em inglês)
Mesmo com os grandes avanços das pesquisas científicas nesses 30 anos, continuamos descobrindo novas espécies. Na Amazônia, por exemplo, anualmente novas espécies são descobertas. Somente em 2009, em expedições científicas realizadas pelo WWF-Brasil, mais de uma dezena de novas espécies foram descobertas, inclusive de aves e peixes.
Assim, se não sabemos a quantidade que temos, não podemos saber exatamente quanto estamos perdendo.
Porém, temos vários fatos e números que parecem indicar que as notícias não são boas.  
Se existem:
- 100.000.000 de espécies diferentes na Terra
- e o índice de extinção é de apenas 0,01% ao ano
- pelo menos 10.000 espécies são extintas por ano

Para ilustrar o grau de perda da biodiversidade que estamos enfrentando, vejamos uma análise científica...
  • A estimativa feita pelos especialistas é que a perda acelerada de espécies que presenciamos hoje está entre 1.000 e 10.000 vezes acima da taxa de extinção natural.*
  • Esses especialistas calculam que entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies são extintas por ano.
  • Se considerarmos que a menor estimativa do número de espécies como verdadeira (isto é, que existem mais ou menos 2 milhões de espécies diferentes em nosso planeta**), isso significa que todo ano ocorrem entre 200 e 2.000 extinções.
  • Porém, se a maior estimativa do número de espécies estiver correta (ou seja, que existem 100 milhões de espécies diferentes convivendo conosco em nosso planeta), então entre 10.000 e 100.000 espécies entram em extinção a cada ano.* Na verdade, os especialistas chamam essa taxa de extinção natural de taxa de extinção normal. O termo se refere simplesmente à taxa de extinção das espécies que ocorreria sem a interferência humana.** Entre 1,4 e 1,8 milhão de espécies já foram identificadas pela Ciência. 
Os cientistas sabem que, em toda a história do planeta, houve cinco grandes ondas de extinção, como a que exterminou os dinossauros, por exemplo. Acredita-se que, atualmente, vivemos a sexta crise de extinção.A diferença é que, ao contrário dos outros cinco episódios de extinção em massa da história geológica, dessa vez parece que uma única espécie – a nossa – é quase inteiramente responsável por essa crise.
Então não precisa nem discutir para saber quem está certo ou errado.
Ou pra saber os números exatos. 
É praticamente consenso absoluto que há, na verdade, uma crise de biodiversidade seríssima.

Como a perda de biodiversidade afeta a mim e as outras pessoas?
"Eu entendo que pode haver uma crise de biodiversidade, mas como isso me afeta?”

Boa pergunta! Funciona assim...
A diversidade biológica é o recurso do qual dependem famílias, comunidades, nações e gerações futuras. É o elo entre todos os organismos existentes na terra, que liga cada um deles a um ecossistema inter-dependente, em que cada espécie desempenha sua função. 
É uma verdadeira teia da vida.
O patrimônio natural da Terra é composto por plantas, animais, terra, água, a atmosfera e os seres humanos! Juntos, fazemos todos parte dos ecossistemas do planeta, o que equivale a dizer que, se houver uma crise de biodiversidade, 
nossa saúde e meios de subsistência também entram em risco.
Porém, atualmente estamos usando 25% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de fornecer. O resultado é que espécies, habitats e comunidades locais estão sofrendo pressões ou ameaças diretas. Um exemplo de ameaça que já atinge seres humanos é a perda de acesso à água doce.
A biodiversidade é a base da saúde do planeta e tem um impacto direto sobre a vida de todos nós.
Indo direto ao ponto: a redução da biodiversidade significa que milhões de pessoas estão diante de um futuro em que os estoques de alimentos serão mais vulneráveis a pragas e doenças e a oferta de água doce será irregular ou escassa.
Para os seres humanos, isso é preocupante.
Muito preocupante mesmo. 

Serviços de ecossistemas


Essa é uma forma de descrever todos os serviços que recebemos do mundo natural e para os quais muitas vezes não damos a devida importância.
Pode ser a água, a formação e a proteção do solo, a desagregação e a absorção da poluição, a estabilidade climática e a prevenção e a recuperação de desastres naturais.
Qual é o valor dos serviços dos ecossistemas em nível global?
Segundo a 
IUCN (em inglês), a União Mundial para a Natureza, o valor monetário dos bens e serviços prestados pelos ecossistemas está estimado na ordem de US$ 33 trilhões ao ano.
Vamos colocar os zeros para que você possa ver com exatidão o que estamos falando:
33.000.000.000.000 de dólares, ou cerca de 55.000.000.000.000 de reais.
Para se ter uma ideia do quanto de riqueza está abrigada nos ecossistemas:
  • O PIB dos Estados Unidos para o ano de 2008 foi de apenas US$ 14,4 trilhões.

  • O PIB da União Europeia para o mesmo ano ficou em US$ 14,94 trilhões.
  • O PIB brasileiro em 2008 alcançou apenas R$ 2,9 trilhões!
Mas a questão não se resume ao dinheiro. Tem a ver com salvar vidas.
  • Estima-se que colhemos entre 50.000 e 70.000 espécies vegetais para uso na medicina tradicional e moderna em todo o mundo.


Tem a ver também com a segurança alimentar.
  • Cerca de 100 milhões de toneladas de criaturas aquáticas, inclusive peixes, moluscos e crustáceos, são retiradas da natureza todo ano.

  • A carne de animais silvestres forma uma contribuição determinante para as fontes de alimentos e meios de subsistência de diversos países, sobretudo aqueles com índices elevados de pobreza e insegurança alimentar.
    Sai mais barato conservar! Veja dados de todo o mundo:

    • Uma rede de áreas protegidas marinhas, que conserve entre 20% e 30% dos mares e oceanos, poderia custar entre US$ 5 bilhões e US$ 19 bilhões, mas ajudaria a proteger peixes no valor de US$ 70 bilhões a US$ 80 bilhões, além da oferta de serviços de ecossistemas marinhos avaliados entre US$ 4,5 trilhões e US$ 6,7 trilhões ao ano.
    • O valor econômico mediano anual dos recursos de pesca abrigados pelos habitats de mangue no Golfo da Califórnia está estimado em US$ 37.500 por hectare de franja de manguezal. O valor dos manguezais como proteção costeira pode chegar a nada menos que US$ 300.000 por quilômetro de litoral.
    • O turismo ecológico na África gera aproximadamente o mesmo rendimento que a combinação da agricultura, silvicultura e atividades pesqueiras.
    • Os parques nacionais do Canadá armazenam 4,43 gigatoneladas de carbono, um serviço avaliado entre US$ 11 bilhões e US$ 2,2 trilhões, dependendo do preço de mercado do carbono.
    • Um relatório de 2003 estimou em cerca de £1 bilhão o valor total dos benefícios anuais das florestas do Reino Unido para o seu povo.
    • Estima-se que a Grande Barreira de Coral, na Austrália, contribua com cerca de AUS$ 6 bilhões para a economia do país, considerando apenas o valor do turismo, outras atividades recreativas e a pesca comercial.
A natureza oferece tudo isso gratuitamente. Ela só pede que cuidemos dela em troca
Quais são os principais motivos para estarmos perdendo tanta biodiversidade?
Então qual é o problema?

Por que estamos perdendo tantas espécies e faixas de terra a cada segundo?
A biodiversidade sofreu redução de mais de um quarto nos últimos 35 anos.O Living Planet Index (Índice do Planeta Vivo), que monitora quase 4.000 populações de fauna silvestre, aponta para uma queda geral de 27% nas tendências populacionais entre 1970 e 2005.Essa notícia não é nada boa.Em geral, o crescimento populacional e o nosso consumo são os motivos para essa enorme perda. Em termos específicos, a destruição do habitat e o comércio da fauna silvestre são as principais causas da queda da população das espécies.
Nós...
  • coletamos,
  • derrubamos,
  • arrancamos e
  • caçamos
espécies de
  • animais,
  • árvores,
  • flores e
  • peixes
para usar na
  • medicina,
  • lembranças,
  • símbolos de status,
  • materiais de construção e
  • alimentos.
Hoje essa superexploração (caça, pesca, captura acidental) é totalmente insustentável.
Em nível global, atualmente necessitamos do equivalente a 1,4 planeta para dar vazão a nossos estilos de vida. Esta é a atual Pegada Ecológica da humanidade, isto é, a demanda das pessoas imposta ao mundo natural.
Em 2009, a humanidade usou 40% mais recursos do que a natureza é capaz de regenerar em um ano.
Esse problema (uso de recursos em velocidade superior à sua capacidade de regeneração e criação de resíduos como CO2 em velocidade superior à sua capacidade de absorção) recebe o nome de
descompasso ecológico.
Atualmente mantemos esse descompasso liquidando os recursos naturais do planeta. Podemos cortar árvores mais rápido do que elas são capazes de voltar a crescer e capturar peixes em velocidade maior do que eles são capazes de se reproduzir. Embora seja possível fazer isso por um breve período de tempo, o descompasso acaba levando ao esgotamento dos recursos dos quais depende a nossa economia.
A pressão é agravada ainda mais pelas mudanças climáticas. A quantidade e o alcance de efeitos e impactos das mudanças do clima sobre a biodiversidade ainda são desconhecidos. E a capacidade (ou incapacidade) de os seres vivos se adaptarem a esses impactos é uma grande incógnita.
Entretanto, o que sabemos é que os próximos 30 anos serão determinantes.
Sabemos também que os seres humanos, e nosso comportamento, alteraram os ecossistemas da Terra com maior rapidez e amplitude nos últimos 50 anos do que em qualquer outro período da história humana.
No final das contas, pode-se dizer que a perda da biodiversidade é a maior ameaça à estabilidade e à segurança do mundo hoje. 

Benefícios e custos do uso da biodiversidadeNão é novidade que a vida humana depende diretamente da biodiversidade. É ela que fornece alimentos, água, medicamentos, além de ser a fonte de muitas outras facilidades para a vida nas sociedades contemporâneas.
A biodiversidade tem um importante valor social, cultural e também econômico para os homens. Os frutos da biodiversidade não são somente os  produtos diretamente extraídos da natureza, mas uma gama muito ampla de produtos e serviços ecológicos, incluindo a redução das emissões de gases do efeito estufa, a capacidade de adaptação aos eventos climáticos ou naturais que se intensificam agora e progressivamente no futuro, potencial de descobertas de novos produtos industriais como os cosméticos, ou para nossa saúde (medicamentos). Além disso devemos considerar também os serviços prestados que proporcionam as condições adequadas a uma vida saudável, com laser, conhecimento, respeito cultural e paisagens.
No entanto, nem sempre o uso da biodiversidade gera apenas benefícios, mas também custos.
As comunidades extrativistas são um bom exemplo para ajudar a entender essa relação complexa. Muitas vezes o acesso e o uso direto da biodiversidade, seja a água, a castanha ou uma planta, por uma comunidade extrativista gera benefícios diretos para a mesma, como uma boa qualidade de vida ou mesmo um retorno econômico.
Porém, em muitos casos, os recursos da biodiversidade - ou os serviços ecológicos advindos dela - servem a sociedades e economias sem que as populações que têm contato direto com essa biodiversidade recebam os benefícios gerados pelo seu uso, mas apenas os custos. O impacto negativo deixado pelo uso insustentável, que pode acarretar o desaparecimento destes recursos da biodiversidade, dos quais as comunidades dependem para sua sobrevivência, ou também a perda de oportunidades de desenvolvimento sustentável.
Ainda, outro custo da biodiversidade para tais comunidades é o custo da conservação. Este ocorre quando, em nome da conservação da biodiversidade, que é um benefício para o mundo inteiro, as comunidades são proibidas de acessar certos recursos e têm que deixar de desenvolver atividades econômicas que realizam há décadas ou séculos.
Embora o exemplo das comunidades locais possa ser mais fácil de entender, isso se aplica também a outros grupos sociais e mesmo a governos e estados nacionais.
Comunidades e debate internacional: repartição de benefíciosO exemplo das comunidades extrativistas também pode ser usado para entender a lógica do debate de acesso, uso e repartição dos custos e benefícios da biodiversidade em outra esfera - a internacional.
Mas há uma diferença: no debate internacional, a discussão ocorre em torno dos recursos genéticos, que são os recursos que possuem também valor científico, tecnológico e, consequentemente, econômico - na medida em que se transformam em medicamentos ou fórmulas patenteadas –, além dos valores ecológicos e sócio-culturais.
E nesse contexto entra em cena a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo terceiro objetivo é justamente garantir a repartição entre os países justa e igualitária dos benefícios obtidos com a exploração dos recursos genéticos e do conhecimento de populações tradicionais e indígenas – além dos outros dois, igualmente necessários e importantes: a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

VOCÊ PODE AJUDAR A SALVAR A BIODIVERSIDADE!

A redução da biodiversidade e a perda dos serviços dos ecossistemas são uma grande ameaça global ao futuro de nosso planeta e de nossas gerações. A boa notícia é que há várias coisas que você pode fazer para ajudar a aliviar a pressão sobre essa perda da biodiversidade.
A nossa situação não é um caso perdido.
Na verdade, mesmo as mais simples atividades do dia-a-dia podem fazer uma verdadeira diferença...

OBS: O Índice do Planeta Vivo (em inglês) é uma metodologia de monitoramento da diversidade biológica desenvolvida pela Rede WWF.



Lie awake in bed at night
And think about your life
Do you want to be different? [Different]
Try to let go of the truth
The battles of your youth
'Cause this is just a game
It's a beautiful lie
It's a perfect deny
Such a beautiful lie to believe in
So beautiful, beautiful that makes me
It's time to forget about the past
To wash away what happened last [happened last happened last]
Hide behind an empty face
Don't have too much to say
That this is just a game
It's a beautiful lie
It's a perfect deny
Such a beautiful lie to believe in
So beautiful, beautiful that makes me
Everyone's looking at me
I'm running around in circles, babe
A quiet desperation's building higher
I've got to remember this is just a game
So beautiful, beautiful
So beautiful, beautiful, it's a beautiful lie
So beautiful, beautiful, it's a beautiful lie
So beautiful, beautiful, it's a beautiful lie
So beautiful, beautiful lie
It's a beautiful lie
It's a perfect deny
Such a beautiful lie to believe in
So beautiful, beautiful that makes me